Os Ministérios brasileiros e as bandeiras partidárias

Por Wellington Santos estudante de Filosofia pela UFCG 


Caros leitores, essa política nacional me irrita. Todos nós estamos sendo bombardeados nos últimos dias com tantas notícias de corrupção no Ministério dos Transportes. Já se foram dezoito nomes pelo ralo presidencial. Sem mencionar a rápida queda do ministro Palocci que nós já esperávamos. Eles estão a cada dia mais encurralados. Não têm pra onde correr. A atitude é realmente entregar os pontos. Mas entregar a quem? A presidente, óbvio. Ela fica com o maxixe quente na mão para realizar a escolha de outro que venha a ser a próxima vítima. Digo isso, pois em nossa política nacional é o que está acontecendo. Cada grupo (partido) fica a espera da nomeação do nome de que vai assumir determinado trabalho e pronto, tomou posse é chegada a hora de fuçar até encontra algo forte e incriminador pra que este entregue os pontos. E minha gente vamos usar de nossa inteligência e sinceridade, nós bem sabemos que em nossa classe política não é muito difícil achar uma falcatrua no currículo deles. Hoje o próprio sistema político corrompe. Dificilmente alguém se filia a um partido e começa uma vida política pra sair – se sair – da mesma forma que entrou.
Os Ministérios do nosso governo são coordenados por líderes partidários, ou grandes nomes dos partidos políticos. Quando estes assumem este posto atraem os olhos gordos dos colegas da oposição – e até mesmo os desfavorecidos de seu grupo – que investigam até encontrar o que pode provocar uma queda. Ou seja, o governo se torna um campo de batalha. Já não basta deputados, senadores e seus seguidores ficarem brigando pelo poder, agora temos também que suportar os ministros e ministras que representam as cores partidárias formando a maior guerra e claro, sem fazerem nada do que manda o ofício.

 Não sabemos onde vamos parar. Pensando bem, sabemos. Não vamos parar lugar algum. Com esse modo de governar nós iremos viver eternamente nessa sinuca. Vem um mais sabido, dá uma tacada no ponto fraco do outro e pronto, é buraco na certa. Em outro artigo eu comentava que os partidos nunca irão se importar com a coletividade, ou seja, com o bem de todos. Eles se preocupam com o seu crescimento próprio. Nunca irão lutar pelo Brasil, nem pelo seu povo. Sempre vão viver numa eterna luta para mostrar quem pode mais. E nós sabemos quem pode mais; quem tiver mais dinheiro.

Até quando suportaremos isso? Eu mesmo respondo. Suportar ninguém é obrigado, mas conviver, isso teremos que fazer agora e as gerações seguinte o farão em nossa memória. Essa guerra é eterna. Será sempre uma marca da nossa democracia manchada pela desonestidade.

Cariri em Foco

Copyright Cariri em Foco. Todos os direitos reservados - O site que agrega as principais notícias do Cariri paraibano.