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Extintor |
Os motoristas que ainda não adquiririam o extintor de incêndio do tipo ABC, em Campina Grande, vão ter de esperar um pouco mais. As quatro empresas que comercializam o item de segurança na cidade estão com o estoque zero, aguardando a chegada de uma nova remessa que virá de São Paulo. A previsão é o mês de fevereiro.
Somando os pedidos feitos pelas empresas, em torno de 20 mil extintores foram solicitados para atender a demanda local.
Como um dos princípios básicos da economia assegura que a lei da oferta e da demanda interfere diretamente no preço do produto, o valor de R$ 80 que vinha sendo cobrado até dezembro do ano passado, pode ser reajustado, assim que os novos extintores estejam disponíveis para a compra.
O empresário Carlos Hermano é proprietário de uma loja que vende extintores de incêndio na cidade e lamenta o fato de que o abastecimento esteja comprometido, não somente em Campina Grande, mas praticamente em todo o Brasil. Para ele, o problema é grave e a procura tem sido muito intensa, pois diariamente vários motoristas têm buscado informações sobre quando a situação será normalizada. “Estamos deixando de faturar em decorrência desse fato e o prejuízo já se mostra grande nesse sentido. Fizemos um pedido de 2.000 exemplares, que era para ter chegado em dezembro. Espero que eles sejam enviados em fevereiro, antes do Carnaval. O pedido é feito para uma empresa de São Paulo e como a demanda é muito grande no Sul e Sudeste, para chegar no interior da Paraíba, demora um pouco mais”, disse.
A resolução nº 157 de 2004, que foi confirmada em novembro de 2009, determinou a obrigatoriedade do novo tipo de extintor a partir de janeiro de 2015. Porém, o Ministério das Cidades, em conformidade com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), resolveu adiar por 90 dias a obrigatoriedade do uso do extintor com carga ABC. Finalizado esse prazo, os motoristas que forem flagrados sem o equipamento obrigatório poderão ser multados em R$ 127,69 e perder cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O novo extintor é indicado para apagar incêndio em materiais inflamáveis, materiais sólidos combustíveis, além de equipamentos elétricos, e tem validade de cinco anos.
A recomendação é indicada para proprietários de carros que tenham mais de dez anos de fabricação, pois a partir de 2005, os veículos produzidos no Brasil passaram a sair de fábrica com o extintor da categoria ABC. A regra inclui carros de passeio, utilitários, camionetas, caminhonetes, caminhões, caminhões trator, ônibus, micro-ônibus, triciclos de cabine fechada, reboques e semirreboques com capacidade de carga útil maior que 6 toneladas. A infração de trânsito grave é detectada quando não há a presença do extintor, se o equipamento não estiver dentro do prazo de validade, vazio ou com o lacre vencido. O motorista que for pego nessa situação, além de perder pontos na CNH, terá o veículo retido até posterior regularização.
O comerciante Luiz do Nascimento mora na cidade de Puxinanã e há dois meses vem procurando, sem êxito, adquirir o novo extintor. “Possuo três carros e trabalho com eles, fazendo entregas e resolvendo problemas com os meus fornecedores.
Já procurei o produto em várias cidades da Paraíba, mas ainda não consegui encontrar. Espero que o mais rápido possível as empresas possam oferecer aos clientes os novos extintores, para que nós possamos andar em conformidade com a lei. Nas lojas de Campina Grande, a previsão é de que no próximo mês tudo esteja dentro da normalidade. Espero que dê tudo certo, porque tenho receio de ser pego em alguma blitz”, afirmou.
Com Basílio Neto