A
Paraíba fechou o primeiro trimestre de 2012 com um novo recorde de
apreensões de drogas. De acordo com os dados do Instituto de Polícia
Científica (IPC), foram encaminhados para análise nos quatro
Laboratórios de Toxicologia existentes no Estado 126,188 kg de droga,
entre maconha e cocaína (crack e pó). O total é quase o dobro da
quantidade recebida no primeiro trimestre de 2011, quando foram
apreendidos 72,9 kg de entorpecentes.
Segundo o relatório de
toxicologia, o crack continua sendo um das drogas mais apreendidas na
Paraíba. Só no mês de março deste ano, foram retirados de circulação
24,292 kg da droga. O número é oito vezes maior que o total apreendido
no mês de março de 2011 (3,332 kg). De janeiro a março de 2012, a
polícia retirou de circulação mais de 38 quilos do entorpecente, 13 a
mais que em 2011. Em 2010, as polícias estaduais apreenderam menos de
sete quilos de crack em todo o Estado. Ao longo de 2011, as polícias
Civil e Militar realizaram a apreensão de mais de meia tonelada de
drogas na Paraíba.
Para o titular da Secretaria de Estado da
Segurança e da Defesa Social (Seds), Cláudio Lima, os números positivos
são o resultado de um trabalho contínuo que vem sendo realizado pelas
polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, com uma gestão focada em
resultados. "Apostamos na integração das polícias, investimos na
repressão qualificada e adotamos ações estratégicas que trazem
resultados importantes. O desafio é grande, mas os números nos mostram
que estamos no caminho certo”, disse.
Repressão qualificada – O
secretário destacou, ainda, o intenso trabalho de repressão ao crack
realizado em João Pessoa e região metropolitana por meio da Delegacia de
Repressão a Entorpecentes (DRE). Ele também lembrou as diversas
operações integradas de médio e grande porte que estão sendo deflagradas
desde o início da atual gestão – a maioria, focada no combate ao
tráfico e no enfrentamento aos homicídios.
Segundo Lima, em 2011
foram realizadas mais de 60 operações em todo o Estado. "Só este ano,
foram mais de dez operações policiais, todas com excelentes resultados.
Daremos continuidade a esse trabalho intenso de repressão ao tráfico e
combate aos homicídios”, garantiu.
Entre as principais operações
realizadas nos primeiros três meses do ano, destacam-se a "Operação
Resgate”, em Catolé do Rocha; operações "Renascimento” e "Tsunami”, na
Grande João Pessoa; e operações "Cristal” e "Hidra”, no Sertão do
Estado. No início deste mês, a DRE também realizou uma ação que resultou
na autuação do presidiário Fábio "Gordo”, apontado pelas investigações
como um dos detentos que comandavam o tráfico de drogas de dentro do
presídio Sílvio Porto. Ele foi autuado pelos crimes de tráfico de
drogas, associação para o tráfico e corrupção de menores. Outras cinco
pessoas foram presas nesta operação.
Disque Denúncias 197 – A
Especializada também checa as denúncias envolvendo tráfico de
entorpecentes que são encaminhadas pelo Disque Denúncia 197, o que tem
resultado em prisões de traficantes e no fechamento de dezenas de "bocas
de fumo” na Capital e Região Metropolitana. "A população é fundamental
no processo de prevenção e combate às drogas. O 197, acima de tudo,
garante a segurança e o sigilo para quem denuncia”, explicou o delegado
titular da DRE, Alan Murilo Terruel.
O Disque Denúncia funciona
24 horas e a ligação é gratuita. Em 2011, o serviço registrou quantidade
recorde de denúncias (3.040), com aumento de quase 300% em relação a
2010 (1.059 denúncias). Por meio das denúncias, a polícia conseguiu
efetuar a prisão de mais de 100 pessoas, apreendeu 60 quilos de droga
(entre cocaína e maconha), 22 armas de fogo e dezenas de caça-níqueis.
Secom-PB