A chegada do mês de dezembro, época que aumenta o movimento nas agências bancárias, principalmente, pelo pagamento do 13° salário, também eleva a possibilidade de novos ataques contra bancos. De acordo com os números do Sindicato dos Bancários da Paraíba, somente este ano já foram contabilizados no Estado 51 explosões de bancos, número que ainda pode aumentar devido ao abastecimento de caixas eletrônicos e postos bancários para pagamentos de salários.

Com a finalidade de evitar novos ataques, a Polícia Militar da Paraíba vai realizar uma operação de fim de ano para combater esse tipo de crime. Segundo explicou o comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, o policiamento dos batalhões em todo o Estado deverá ser ampliado com a utilização dos militares folguistas, com a distribuição de 71 motocicletas, 22 cavalos, 15 cães e 50 pistolas elétricas que serão incrementadas ao efetivo da PM. Com isso, cerca de dois mil policiais militares atuarão por dia em toda a Paraíba. “Essa operação já irá começar no dia 3 de dezembro e se estenderá até o Ano Novo”, disse.

Na região do Sertão, o tenente-coronel Cunha Rolim, comandante do 2° Comando de Policiamento Regional de Patos, disse que durante todo o mês de dezembro vão acontecer rondas constantes para evitar principalmente os ataques aos postos bancários. “Nós vamos atender à orientação do Comando Geral e convocar nossos policiais que estão de folga para que eles possam fazer parte dessa operação preventiva. Por isso, teremos cerca de 200 homens à nossa disposição que irão atuar em toda a região de Patos”, destacou o tenente-coronel.

Já na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano, o major Joviel Brandão afirmou que essa operação de fim de ano irá contar com o trabalho conjunto ao lado da Polícia Civil. Ele ainda disse que serão realizadas várias incursões na região e que cada uma dessas ações pode contar com a participação de até 100 policiais. “A Polícia Civil irá atuar na investigação preventiva desses crimes, enquanto nós teremos vários homens atuando diretamente nas ocorrências. Nossos policiais estão cientes da necessidade de se combater esses crimes contra bancos e esperamos ter êxito nessas ações preventivas”, disse o major Brandão.

Apesar do risco de novos ataques, as entidades representativas dos trabalhadores dos bancos apontam a falta de investimento em segurança nos estabelecimentos, que segundo eles, acaba sendo monitorados fora do horário de atendimento apenas pela polícia. De acordo com Rostand Lucena, presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região, não houve nenhum plano elaborado por parte das empresas para reforçar a segurança nesses locais durante esse período, que historicamente tem um aumento na circulação de pessoas.

“A sensação de insegurança continua. Nenhuma empresa se preocupou em investir em segurança, principalmente para evitar que novos ataques a caixas eletrônicos e postos bancários aconteçam" ”, explicou o presidente do sindicato.

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