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Adriano Galdino |
"O Governo está pagando para ver e pode recorrer ao Judiciário" Adriano Galdino comenta a expectativa para a votação de contas de Ricardo Coutinho na Assembleia.
O secretário Adriano Galdino, chefe de Governo, revelou hoje que quatro secretários têm permanência garantida na gestão de Ricardo Coutinho (PSB), apesar de integrarem a lista dos auxiliares que colocaram os cargos à disposição do chefe do executivo na tarde de ontem. O governador não aceitou os pedidos de Márcia Lucena (Educação), Valber Virgolino (Administração Penitenciária), Cláudio Lima (Segurança) e Waldson Souza (Saúde). Ainda de acordo com as informações cedidas por Galdino em entrevista ao Tambaú Debate, da Nova Tambaú FM, a reforma do secretariado e as exonerações de detentores de cargos comissionados devem ser publicadas amanhã no Diário Oficial do Estado.
"Não existe lista. É um ato só. E a partir da quinta-feira, começa a renomeação. Todos os governantes procuram administrar com pessoas de confiança. Até Luciano Agra, quando era prefeito de João Pessoa, procurou pessoas de sua confiança para os cargos. Ricardo Coutinho foi eleito em 2010 com um arco de alianças que tinha diversos partidos e alguns deles resolveram por conta própria se afastar do projeto político de Ricardo e nada mais natural que haja uma recomposição deste quadro até porque outras agremiações virão para participar do governo e o governador deverá contar com quem acredita nele e no governo", declarou Galdino.
Com a desincompatibilização do cargo no Governo, Adriano Galdino deve voltar na quinta-feira à Assembleia Legislativa, mas disse que não vai assumir a liderança do Governo na Casa, já que Hervázio Bezerra (PSB) voltaria à condição de suplente: "Isso não passa pela minha cabeça nem existe no Governo nenhuma articulação neste sentido. Prefiro acreditar que Hervázio Bezerra continuará no cargo".
Finalmente, o deputado licenciado confirmou que há uma expectativa do Governo para a possibilidade de votação, nesta semana, das contas de Ricardo Coutinho, aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Segundo ele, cogita-se a contestação da votação na Justiça, caso o resultado seja de reprovação pelos deputados: "O Governo está pagando para ver porque se essas ameaças da oposição acontecerem, será a primeira vez na história da Paraíba e isso será um golpe. A Assembleia estará desrespeitando um outro poder, o TCE, por motivação política. Em toda a história, quando o TCE aprova as contas de um governador, a Assembleia também aprova. Espero que o bom senso chegue aos deputados porque se decidirem diferente vão desrespeitar o tribunal e o povo da Paraíba. Isso não vai cheirar a golpe, mas será um golpe para prejudicar o governador para que ele não tenha direito à reeleição. Pessoalmente, não acredito que isso possa acontecer, um erro histórico desse tamanho, mas poderemos recorrer ao judiciário caso isso ocorra".
Com Parlamento PB