A Paraíba apresenta a terceira pior taxa de ocupação (53,4%) do Nordeste de jovens entre 18 anos e 24 anos de idade, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2013, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na região, o Estado só fica atrás de Pernambuco (52,5%) e Alagoas (47%), pior desempenho no ranking.
O estado nordestino que mostrou melhor taxa foi o Ceará, onde 59,3% dos jovens nesta faixa etária estão ocupados. A taxa geral do NE é de 55,5%. A psicóloga e consultora em recursos humanos Maria Helena Morais afirmou que a realidade observada nos municípios paraibanos não é resultado da falta de demanda que busca uma colocação no mercado de trabalho, mas sim da pouca oferta de vagas.

“Os jovens entre 18 e 24 anos, geralmente, estão na universidade e a maioria destes estudantes não têm oportunidade de trabalho, nem na área em que pretendem atuar depois de formados, nem em outro setor. Conheço gente que está no quarto período de medicina, busca um trabalho de operador de telemarketing e não encontra. Acho que nosso índice está camuflado pela falta de estrutura do Estado e não pela falta da procura dos jovens”, disse Maria Helena.

Segundo ela, a maioria das cidades não comporta a demanda de pessoal que procura um emprego. “E estou vendo muita demissão este ano”, frisou. Maria Helena acrescentou que em alguns casos a falta de capacitação está atrelada à desocupação do jovem. “Mas se ele não consegue um emprego para fazer um curso, como é que vai se capacitar?”, questionou.

Na faixa etária de jovens entre 15 anos e 17 anos, a Paraíba ocupa a quinta colocação entre os estados Nordestinos com 25,2% deste pessoal ocupado, ficando à frente do Ceará (23,6%), Alagoas (23,25), Pernambuco (20,6%) e Rio Grande do Norte (16,7%), pior classificado.

Com relação ao pessoal entre 25 anos e 29 anos de idade, a taxa de ocupação da Paraíba é de 69,6% e neste caso o Estado também ficou em quinto lugar na região. Os estados de Sergipe (68,8%), Bahia (68,5%), Alagoas (67,9%) e Pernambuco (66,7%) mostraram desempenho pior do que o paraibano.

Com Jornal da Paraíba

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