Batinga explicou que nos municípios de Sumé, Monteiro e Serra Branca, por exemplo, após a inauguração da adutora os sistemas locais foram desativados, mesmo o açude público de Sumé sendo quase do mesmo tamanho do reservatório do Congo. Segundo o deputado, Monteiro e Serra Branca ficam a mais de 60 quilômetros do Congo e a reimplantação dos sistemas locais irá baratear custos para a Cagepa.
O deputado acrescentou esperar que agora, com o empréstimo da Cagepa, contraído para quitar dívidas com bancos privados e sanear financeiramente à empresa, estes sistemas locais possam ser reativados. “Apesar de não acreditar que a Cagepa vá solucionar seus problemas com o empréstimo, já que entendo que o problema da empresa é a má gestão, falta de projetos e de metas futuras, espero que com a situação saneada, como prometeram antes do empréstimo, reativem os sistemas de abastecimento locais das cidades do Cariri Ocidental”, declarou.
O deputado destacou que a adutora do Congo foi pensada para dá suporte aos abastecimentos locais em momento de necessidade, mas “não tem condições de atender todo o Cariri ocidental o tempo inteiro, como está acontecendo no momento”. “É fundamental que a adutora do Congo seja bem mantida ou expandida pela Cagepa para atender bem as cidades do Cariri ocidental, porém é inadmissível que fique como única alternativa, uma vez que tem outros reservatórios que podem ajudar no abastecimento e evitar que ocorra um colapso no açude do Congo”, disse.
Batinga ressaltou que outro fato preocupante é que a economia do Congo tem no seu reservatório de água uma fonte de desenvolvimento pela pesca e agricultura irrigada, o que pode ser comprometido pela má gestão da água. “Isto tem preocupado muito o prefeito do Congo Romualdo Quirino. O desativamento dos sistemas locais é também uma preocupação de toda a comunidade do Cariri”, completou.
Coxixola
O deputado disse também que neste final de semana durante visita a Coxixola manteve conversas com moradores da cidade e sentiu a felicidade da população com a promessa do governador Ricardo Coutinho (PSB) de estender a adutora do Congo até o município, mas também constatou a preocupação dos vereadores Alexandre Neves e Fábio Oliveira sobre a possibilidade do sistema local, que é feito pelo açude Lagoa de Cima, ser desativado.
“O açude Lagoa de Cima fica a quatro quilômetros de Coxixola, tem água de boa qualidade e não pode ser desativado. È ótimo que a adutora do Congo seja estendida até o município, mas com os dos sistemas fincando em funcionamento”, afirmou.
Após o pronunciamento, o deputado disse que irá apresentar requerimentos na Casa de Epitácio Pessoa para cobrar do Governo do Estado soluções para o problema.