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Há quem diga que vice é figura decorativa da administração estadual,
federal ou municipal. Existem ainda aqueles que afirmam que eles
participam de uma eleição apenas para cumprir formalidade. Porém, os
candidatos à vaga de vice-prefeito de João Pessoa e Campina Grande estão
dispostos a mudar essa história. Eles afirmaram que a função é tão
importante quanto à do candidato a prefeito.
Os postulantes da Capital e da Rainha da Borborema declaram que o
vice-prefeito deve ser tão atuante quanto o prefeito e que a
administração municipal deve ser compartilhada em todos os momentos do
mandato. Segundo eles, a premissa de que a função do vice é de
unicamente substituir o titular quando este necessitar se ausentar de
suas funções, está totalmente ultrapassada.
Dessa forma, os candidatos dos maiores colégios eleitorais do
Estado pretendem atuar como protagonistas e não como meros coadjuvantes
da história política das eleições de outubro próximo.
Para o cientista político e professor da Universidade Federal da
Paraíba, Ítalo Fittipaldi, o vice só terá participação ativa na campanha
e na administração se tiver densidade eleitoral ou agregar valores à
chapa de alguma forma. Fora isso, garantiu que o postulante ou ocupante
do cargo continuará sendo mera figurativa.
“O vice tem que ter votos, tem que fazer a diferença em uma
eleição, pois só assim influenciará na escolha do secretariado e dos
ocupantes de cargos comissionados. Ai é que está o peso do vice, que por
meios das indicações poderá desenvolver políticas públicas para a
população. Afora isso vice é vice”, assegurou o estudioso.
Ítalo Fittipaldi ressaltou que quem fizer algum investimento na
eleição vai querer receber o bônus e dessa forma terá uma participação
mais ativa na administração. “No momento em que ele dá sua contribuição
terá o direito de cobrar alguma coisa e isso é feito por meio dos
cargos. Quem não tiver o oferecer também não terá porque cobrar e ficará
sempre como mero expectador”, explicou o professor.
Com Portal Correio