Um município que decreta estado de
emergência devido às conseqüências danosas da seca mas, ao mesmo tempo,
promove festas com bandas e mais bandas,não está entrando em uma grande
contradição? Não se trata de incoerência? É ou não é hipocrisia?
Não sou contra as festas juninas. Sou
contra os gastos com bandas e mais bandas em detrimentos de milhares de
sertanejos que clamam por água e pão.
Diante de um cenário de desolação, de
sede e fome, é ético, é cristão, é humano, promover festas, sabendo que
requer soma elevada de dinheiro? Neste contexto clamoroso, angustiante, a
vida humana deve ter primazia, e não festas com seus gastos
exorbitantes.
Deve haver festa junina? Sim, deve,
porém, sem gastos excessivos. Até questionaria: por que não fazer as
festas com o potencial cultural que o município dispõe, como forrozeiros
com seus instrumentos peculiares: sanfona, zabumba, pandeiro e
triângulo?
Fazer as festas juninas com esses artistas regionais, não seria um resgate da nossa verdadeira cultura sertaneja?
Está lançada a campanha: gastos com festas não combinam com seca.
Com Pe. Djacy brasileiro