O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Administração Penitenciária, determinou, desde terça-feira (10), rigorosa apuração de denúncias de desvio de conduta na Cadeia Pública do município de Sumé e no Presídio Feminino Júlia Maranhão,em João Pessoa.

Levantou-se um grande boato de que o incidente não passou de uma farsa das garotas envolvidas no caso e do próprio Diretor da Cadeia Pública de Sumé. Diante da possibilidade, o Secretario da Administração Penitenciária, coronel Washington França, decidiu afastar temporariamente Alberto Limonta.

O De Olho no Cariri entrou em contato com o diretor afastado e ele disse que estava surpreso com a decisão da Secretaria Penitenciária do Estado. Ele disse que prestou depoimento a sindicância designada para apurar o caso e cumpriu apenas seu papel de mostrar ao Estado o que foi denunciado pela mãe e filhas violentadas. Limonta disse que foi pressionado pela própria mãe das jovens para tomar providência e por isso repassou o caso a Secretaria Penitenciária do Estado.
“Eu estava numa situação que se corresse o bicho pegava, se ficasse também. Eu cumpri com meu papel e se for mentira das jovens e de sua mãe, elas são quem precisam ser responsabilizadas pela denúncia”, disse Limonta.

Como foi o caso

Duas jovens, uma de 17 e outra de 18 anos de idade, acusaramm dois agentes penitenciários e um policial militar de terem abusado sexualmente delas dentro da cadeia pública de Sumé. Na terça-feira (10), a Comissão Disciplinar da Seap se deslocou até o município, onde tomou os primeiros depoimentos dos envolvidos.

Quanto ao policial militar, à apuração de sua possível participação está a cargo da Polícia Militar.
O Ministério Público também apura as denúncias e o Promotor Eduardo Mayer disse que só irá se manifestar após a conclusão do inquérito.

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