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Sendo o primeiro-ministro líbio, Mahmoud
Jibril, falou nesta quinta-feira (20) que o líder deposto Muammar
Kadafi morreu de um ferimento a bala na cabeça quando foi atingido em
fogo cruzado entre combatentes do governo interino e seus partidários
após sua captura.
"Kadafi foi retirado de uma tubulação de esgoto ... ele não mostrou
qualquer resistência. Quando começamos a retirá-lo, ele foi atingido
por uma bala no braço direito e quando eles o colocaram em um caminhão
ele não tinha qualquer outro ferimento", afirmou Jibril em entrevista
coletiva, lendo o relatório forense.
"Quando o caminhão estava em movimento, ele passou no fogo cruzado
entre os rebeldes e as forças de Kadafi, quando ele foi atingido por
uma bala na cabeça", disse Jibril ao ler o relatório.
"O médico legista não pôde dizer se (o tiro) veio dos rebeldes ou das forças de Kadafi", completou o premiê.
Ainda segundo o primeiro-ministro, Kadafi estava vivo quando foi levado
de Sirte, sua cidade natal e onde foi capturado, mas morreu poucos
minutos antes de chegar ao hospital.
O corpo de Kadafi estava na noite desta quinta-feira em Misrata, a 200
km a leste de Trípoli, assim como o corpo de seu filho Muatasim.
A morte do coronel Muamar Kadafi foi confirmada pela manhã pelo
vice-presidente do Conselho Nacional de Transição, Abdel Hafiz Ghoga,
durante entrevista coletiva transmitida pela TV a partir de Benghazi,
no leste da Líbia. A notícia também foi confirmada por Mahmoud Jibril.
Informações preliminares do CNT davam conta de que o ex-chefe teria sido apenas ferido.
Segundo maiores fontes de informação do Conselho Local de
Misrata, Kadafi morreu nas mãos dos rebeldes durante a tomada de Sirte,
sua cidade natal, que foi ocupada nesta quinta-feira pelos rebeldes
após um ataque de dois meses.
Sirte era o último foco de resistência das tropas ainda leais ao
ditador. As ruas da capital Trípoli e Sirte foram ocupadas rapidamente
pela população que comemorava a notícia. Muitos tiros são disparados
para o ar.
A Otan pediu aos líbios para colocar de lado suas diferenças após a
morte de Muammar Kadafi e afirmou que irá coordenar o fim de sua missão
militar com a Organização das Nações Unidas e a autoridade de transição
da Líbia.
"Após 42 anos, o regime de medo do coronel Kadafi finalmente chegou ao
fim", afirmou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em
comunicado. "Apelo a todos os líbios para pôr de lado suas diferenças e
trabalhar juntos para construir um futuro melhor."
Rasmussen pediu ao Conselho Nacional de Transição para evitar quaisquer
represálias contra civis e mostrar moderação ao lidar com as derrotadas
forças pró-Kadafi.
Saudando a implementação bem sucedida pela Otan de um mandato da ONU
para proteger o povo líbio, ele acrescentou: "Vamos terminar a nossa
missão em coordenação com a ONU e o Conselho Nacional de Transição".
Rasmussen declarou que com a queda dos últimos redutos de Kadafi em
Bani Walid e Sirte, "aquele momento (fim da missão) está agora mais
perto"
Com CL