Não basta o péssimo atendimento, agora vão aumentar a conta...

Autorizada pela Agência de Regulação da Paraíba (ARPB) , nesta quarta-feira (27), o reajuste de 16,93% da tarifa da água para ser cobrado a partir de 1º de maio. O percentual é o mesmo que a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) havia solicitado na semana passada, na audiência pública. Já os consumidores de baixa renda e inscritos na tarifa social, que consomem até 10 metros cúbicos por mês, não sofrerão reajuste.


José Otávio Maia Vasconcelos presidente da ARPB, argumentou que “os custos de produção da Cagepa com energia elétrica, pessoal e produtos químicos somados à defasagem da tarifa influenciou na autorização do índice, que mesmo assim ficou bem aquém da inflação acumulada no período. Na última semana, examinamos a proposta da companhia, solicitamos mais dados à Cagepa para concluir a avaliação do relatório da ARPB pela autorização integral. O índice deverá ser publicado nos próximos dias no Diário Oficial do Estado”, falou.


Ocorrida na semana passada numa audiência pública, o assessor de planejamento da Cagepa, Joaquim Marques, revelou que nos últimos três anos a energia elétrica sofreu reajuste de 40%. “Houve ainda gastos na parte de manutenção de equipamentos e insumos”, apontou. A Cagepa citou ainda que o IGP-M, por exemplo, que serve de base para elevação de tarifas como energia elétrica, subiu 20,14% no período.


Vinha sendo a mesma tarifa de conta da CAGEPA por quase três anos, mas o presidente da ARPB, José Otávio Maia Vasconcelos, afirmou que esse acúmulo poderia ser menor. “Nesse intervalo, a ARPB concedeu aumento, mas o governo não quis conceder, por isso acumulou a defasagem”, lembrou. O último aumento aconteceu em junho de 2008.


Para a Cagepa, além da tarifa de água ficar congelada, os consumidores de baixa renda terão reduzida a taxa de esgoto, dos atuais 25% para 10% sobre a conta da água. Atualmente, essa faixa de consumo paga R$ 13,20 da conta de água e de esgoto e será reduzido para R$ 11,61, representando uma queda de 12%. Já uma conta de um consumidor fora da tarifa social, que paga R$ 100 por mês passará para R$ 116,93. Dados da Cagepa revelam ainda que há 717 mil ligações no Estado e cerca de 40 mil são de tarifa social.

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