Os materiais escolares terão aumento superior à inflação oficial deste ano e ficarão 8% mais caros em 2011, segundo estimativas do Simpa (Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região). O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – a inflação oficial do governo – deverá encerrar 2010 em 5,85%, segundo o Banco Central.
O presidente do sindicato, Antônio Martins Nogueira, explica que o reajuste é comum no fim do ano, embora algumas papelarias devam aumentar em até 10% o preço de canetas, lápis, borrachas, cadernos, tesouras, entre outros.
- A sugestão [do Simpa], com as negociações com fornecedores, é sempre a correção do IPCA, que deve ser de 7% a 8% neste ano em todo o material.
Antonio Sereno, diretor comercial da Brasil Escolar – entidade que reúne cerca de 200 papelarias no país -, afirma que o aumento pode variar entre 5% e 10%. Antes mesmo do fim do ano, alguns consumidores já foram às compras nas papelarias brasileiras, segundo Sereno.
- Nós já temos entre 15% e 20% do pessoal em busca de material escolar em dezembro. Isso é consumidor que está antecipando para evitar o tumulto do início do ano. Em alguns casos, ele vai pagar mais barato porque algumas lojas praticam os descontos do Natal.
Entre janeiro e novembro, os preços de artigos de papelaria, que incluem os cadernos, fotocópias e outros materiais escolares, ficaram 6,26% mais caros em relação aos preços praticados no fim do ano passado. O valor já supera a inflação oficial do período, que foi de 5,25%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Recentemente, o Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial] fez uma consulta pública para padronizar os materiais escolares - o que foi visto com bons olhos pelo presidente do Simpa.
- Isso vai ajudar o pai e a mãe na hora da compra. A normatização, que deve sair em um ano, vai deixar o lápis preto realmente preto em todo o território nacional, seja ele de produção nacional ou importado. O lápis nacional escreve em preto, enquanto o lápis importado é cinza. O nosso tem uma tonalidade desenvolvida pela nossa indústria, independentemente do ano.
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